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domingo, 25 de setembro de 2011

Ser, ou não, o cachorro do Rei?


Em um beco, numa pequena cidade, mora um grupo de cães de rua. São vira-latas em essência e comem qualquer coisa que lhes dão, na verdade eles viram, de fato, as latas para poderem comer. Lá, entre eles, existe um Rei: o Rei dos Cachorros!

Sendo o Rei dos Cachorros se têm privilégios, pois é o primeiro a comer, não precisa ficar virando todas as latas em busca de comida (os inferiores fazem isso) e, o melhor, possui um lugar de destaque entre as fêmeas, mesmo estando elas fora do seu período de cio anual. Um destaque ser o Rei dos Cachorros! Alguém especial entre os excluídos e inferiores.

Não pense você que é uma vida fácil. Tem lá suas vantagens, claro! Mas ser o Rei dos Cachorros não é tarefa para qualquer um. Neste beco, por exemplo, podemos encontrar centenas de cães sem raça, sem dono, sem estrutura alguma, que tentaram de tudo para alcançar este lugar e não conseguiram. Hoje são unidos em paz pela força maior do seu Rei, que luta todos os dias para manter seu domínio em equilíbrio entre os sarnentos.

Um reinado pequeno, é certo. Porém lá, ele é obedecido, é o mais importante e todos nele se espelham: O Rei dos Cachorros é um rei de fato. Ora bolas!

Existe também um palácio de pedras e tijolos nesta pequena cidade onde um Rei humano (isso mesmo, um homem) comanda toda a população! E lá, como em todo bom palácio, mora um cachorro. Este é, podemos chamar assim, o Cachorro do Rei.

Sendo o Cachorro do Rei ele não manda em nada, muito pelo contrário, está sempre a disposição para obedecer às ordens, servir e divertir seu dono (O Rei) e a família real. Em troca ele tem um teto, uma boa cama, comida em fartura e pode dormir a maior parte do tempo. Não precisa lutar pela sobrevivência nem, muito menos, pela liderança. Está em um ambiente seguro onde até um médico veterinário o visita todas as semanas e, o cozinheiro, prepara sempre um prato especial aos domingos.

O Cachorro do Rei possui um grande jardim onde pode correr à vontade e ter o convívio de nove cadelas de raça, todas lindas e saudáveis, à sua disposição. E olhe que ele nem chega a ser um cão de raça, é apenas um cão fiel e obediente ao seu dono.

De vez em quando os olhares se cruzam. No alto do palácio, em uma janela sem vidros, o Cachorro do Rei olha e vê, nas ruas, o Rei dos Cachorros. Ele pensa: “- Que bom seria de eu pudesse correr e liderar uma matilha!” – suspira – “- Ser o líder de um bando solto nas ruas...”.

Lá embaixo, na esquina de um dos becos, o Rei dos Cachorros olha para o alto e vê um cão na janela, e pensa: “ – Que vida de Rei, não precisa virar latas, como eu, para comer e nunca é incomodado pela chuva ou frio.” – suspira – “ – Como deve ser bom ter alguém para cuidar da gente...”

Onde estamos agora? Quem somos nós nessa história infantil? O que buscamos para nossa vida?

Ser o Cachorro do Rei? Significa não ser o líder, mas ter conforto e segurança.
Ser o Rei dos Cachorros? Isso impõe responsabilidades e muita luta todos os dias.

Pense: você pode estar suspirando agora, neste momento, na janela de um palácio ou na esquina em um beco. Algumas pessoas poderiam ser o Cachorro do Rei, cansadas de virar latas vazias. Outras podem preferir ser Rei, mesmo numa terra devastada.

Em nossas escolhas, qualquer uma delas, sempre temos ganhos e perdas. Vivemos tentando alcançar algo que vemos no outro e deixamos de vivenciar nossa própria existência.


Nota: Agradecimentos ao palestrante Lúdio Porto Alegre pela idéia deste texto e à psicóloga Beatriz Acampora pela visão alternativa da mesma história.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Matéria Publicada no Jornal O TEMPO - BH em 20/09/2011



Ana Elizabeth Diniz - Especial para O TEMPO
Entrevista com João Oliveira - Psicólogo comportamental

"Quem vê cara não vê coração" é um ditado muito usado para dizer que as pessoas podem camuflar suas reais intenções. Às vezes, isso significa que, por trás de um rosto angelical, pode haver uma intenção cruel. Mas, na maioria dos casos, o ditado não deve ser levado ao pé da letra. As expressões faciais e corporais, quando bem-interpretadas, podem nos ajudar a evitar as ciladas.

Quem fala com propriedade sobre o assunto é o psicólogo comportamental João Oliveira, que tem mestrado em cognição e linguagem e acaba de lançar o livro "Saiba Quem Está à Sua Frente", (WakEditora, 152 págs, R$ 30).

Ele conta que sua pesquisa nasceu da demanda dos alunos do curso de neurolinguística dos Institutos Superiores de Ensino (Isecensa), que sempre tinham novas perguntas sobre o assunto.

Tanta pesquisa e observação se traduziram em um manual de como viver bem entre humanos. O livro é de fácil leitura por sua forma didática e absolutamente simples na linguagem. A obra indica, passo a passo, através de ilustrações, como observar o surgimento de emoções nas faces e de que forma podemos fazer uma prévia e rápida avaliação de alguém, somente pelas rugas de expressão.

As dicas do livro permitem uma melhor observação do cotidiano e de conversas triviais e podem auxiliar qualquer pessoa que se atenha a explorar nuances do comportamento humano. Com muitas ilustrações e reunindo em um único exemplar técnicas criadas em ambientes diferentes, a publicação oferece parâmetros para nos relacionarmos melhor em família e profissionalmente.

O autor ressalta que todos nós temos uma expressão, mas cada vez menos pessoas a reconhecem. "Em todos os semestres, nossos alunos do sexto período de psicologia saem em campo mostrando desenhos e fotos de pessoas expressando várias emoções. Eles pedem para que as pessoas identifiquem ou contem uma história para explicar por que a pessoa demonstra esse ou aquele tipo de expressão na face. Em todos os ambientes, seja classe baixa ou alta, percebemos uma razoável diminuição da percepção da tristeza".

O psicólogo pontua que, na verdade, todas as emoções negativas estão perdendo espaço gradativamente. "Existe uma tendência de negar o nojo, o medo e a tristeza em nossa sociedade. Mascaramos ou apagamos a possibilidade de reconhecimento para evitarmos o sofrimento. E é claro que isso não funciona".


Minientrevista
Autor de "Saiba Quem Está à sua Frente", o psicólogo comportamental João Oliveira afirma que as emoções estão sempre estampadas no rosto. Basta saber vê-las.
Em que se baseia a análise comportamental pela observação das expressões faciais e corporais?
Desde que Charles Darwin, em 1872, publicou seu livro "A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais", surgiram uma série de estudos sobre o vasto universo das emoções humanas e como elas se manifestam no corpo. Ele revela uma incrível coincidência entre diferentes culturas na forma de expressar as emoções básicas através do rosto. Darwin percebeu essa possível condição inata de comunicação facial. Vários são os povos antigos que tinham (e têm) incorporado, no seu dia a dia, práticas de análise comportamental. Os chineses davam preço nas mercadorias fitando as pupilas dos compradores; se elas dilatassem, o preço era maior! E as ciganas? Elas estão mesmo lendo as mãos? Por que então só olham no rosto? Ou seja, já temos essa condição de leitura inata, é só aprender a teoria e afinar o instrumento: o olhar. 


Ao longo da vida, as pessoas vão mudando; suas feições também mudam?
Sim, e isso é muito bom, pois é através dessa mudança que podemos saber quem está à nossa frente. Essas marcas refletem as emoções vividas. Um músculo, quando muito usado, muda sua forma, fica desenhado o seu formato. Na face isso é mais visível. As emoções usam músculos para expor ao ambiente o que se passa no interior. Repetições dos mesmos estados psicológicos acabam por formar as rugas de expressão.


O rosto pode nos dizer o quê?
Podemos, por exemplo, saber que tipo de emoção está começando a se manifestar antes mesmo que a pessoa se dê conta disso. Aliás, somos péssimos em reconhecer nossas próprias emoções. O rosto fala antes, só revela a verdade, e o faz muito mais rápido do que podemos assimilar de modo consciente. O importante não é descobrir o que o outro está sentindo ou pensando, mas como agir diante dessa informação.


Como podemos nos beneficiar com esse conhecimento?
Aprendendo a lidar com os outros e conosco mesmo, auxiliando o outro numa comunicação melhor. Como? Propondo direcionamentos diferentes ao percebermos a expressão de uma emoção negativa que se difere da emoção instalada. As emoções rápidas podem ser diluídas, trabalhadas e modificadas antes que venham a compor o sujeito de forma consciente. Isso permite à mãe focar seu argumento com o filho desobediente sem conflito, ou a um policial colocar fim a uma situação antes que aconteça uma agressão, pois ele vê a expressão se formar no semblante do seu opositor e, na iminência de um confronto, ele pode optar por se afastar ou imobilizar rapidamente o sujeito à sua frente. O professor irá na carteira certa e dará um abraço naquele aluno que precisa naquele exato dia disso e – acredito mesmo nisso – estará impedindo a formação, possível, de um futuro agressor de massas.


Como seria a vida se pudéssemos ler a ação das pessoas apenas em sua expressão facial?
Imagine uma cidade onde todos andassem armados. Poucos cometeriam assaltos, pois saberiam que alguém poderia atirar nele. Agora, vejamos, uma cidade onde todos são capazes de "ver" a falsidade nos outros. Se todos tivessem a consciência de que é impossível falsear seus sentimentos porque o outro perceberia suas reais intenções, o que aconteceria? Como seria o comportamento social da maioria das pessoas em um ambiente como esse? Deixo a resposta para o leitor.(AED)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Saiba Quem Está à Sua Frente - O LIVRO

Será que o inimigo mora ao lado? ou será o amigo?

Aprenda a se comunicar melhor analisando seu interlocutor. Saiba o momento certo de mudar o argumento em uma abordagem. 
Utilize técnicas de reconhecimento das expressões emocionais, das marcas de expressão e da linguagem corporal.

Tenha uma "máquina da verdade" em sua casa... 

NAS MELHORES LIVRARIAS
LANÇAMENTO DA WAK EDITORA
SAIBA QUEM ESTA À SUA FRENTE
análise comportamental pelas expressões faciais e corporais

Título: SAIBA QUEM ESTÁ À SUA FRENTE
análise comportamental pelas expressões faciais e corporais

AUTOR: JOÃO OLIVEIRA

Formato: 14x21cm - 152 páginas – 220g

ISBN/COD. BARRAS: 978-85-7854-163-7
Preço: R$ 30,00

O Livro “SAIBA QUEM ESTÁ À SUA FRENTE, análise comportamental pelas expressões faciais e corporais” é um manual de como viver bem entre humanos. É fácil de ler, por sua forma didática e absolutamente simples na linguagem, indicando, passo a passo, como observar o surgimento de emoções nas faces e de que forma podemos fazer uma prévia e rápida avaliação de alguém, somente pelas rugas de expressão.

Os resultados podem ser colhidos no dia a dia, em conversas triviais, ou em atividades profissionais, como psicólogos, médicos, professores, vendedores, agentes de segurança, operadores da lei e qualquer pessoa, que tenha a interação humana direta como meio de vida.

Com muitas ilustrações e reunindo pela primeira vez em um único exemplar técnicas criadas em ambientes diferentes, este livro é útil para todas as áreas da vida prática, desde as relações familiares e íntimas até as profissionais.


Vale a pena ver Xuxa com Ivete Sangalo

Sonhos de Premonição

A Sinestesia: doença ou dom ?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Matéria veiculada no Portal URURAU no dia 01/09/2011 - Saiba Quem Está à Sua Frente

Publicada em 01 de setembro de 2011 · 15:13

João Oliveira lança livro na XV Bienal do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira



´Saiba Quem Está à Sua Frente` desvenda emoções através das marcas de expressão
Será lançado nesta quinta-feira (01/09), na XV Bienal do livro do Rio de Janeiro o lançamento do livro “Saiba Quem Está à Sua Frente” do Psicólogo Clínico, Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF-RJ e de Professor Universitário de Psicologia João Oliveira.

O livro faz uma análise do comportamento humano através das expressões faciais e corporais, tratando-se de um manual de como viver bem entre humanos, escrito a partir de uma pesquisa de oito anos e configurando-se no primeiro livro que mostra a técnica em língua portuguesa, já que o mais próximo é escrito em chinês, sem tradução nem mesmo em inglês.


O livro, útil para qualquer âmbito profissional, ensina a se comunicar melhor a partir de uma análise do interlocutor, evidenciando o momento certo de mudar o argumento em uma abordagem.

De acordo com o professor João Oliveira, o livro é fácil de ler, por sua forma didática e linguagem simples, indicando, passo a passo, como observar o surgimento de emoções no rosto, onde a partir do segundo capítulo,  o leitor aprende a identificar os 13 músculos principais da face, que expressam emoção.

Segundo o professor João Oliveira, o livro será a estrutura de sua tese de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde as marcas serão alinhadas à testes psicológicas, na busca de uma conclusão.
“Uma coisa que tem de legal no livro é saber identificar as emoções, apenas olhando para o rosto da pessoa. A intenção, não é desmascarar as pessoas, mas dar base de argumento às pessoas. Se eu sei que ela eu sei que ela tem um dom de uma determinada coisa eu posso modificar minha linha de abordagem, independentemente se eu sou um psicólogo, um vendedor de carros ou um policial.”

Toda a pesquisa que deu origem ao livro foi desenvolvida a partir da ousadia do Coordenador do curso de Psicologia do Instituto Superior de Ensino do Censa (Isecensa), Paulo Arthur, que irá proporcionara uma geração de psicólogos capacitados para interagir melhor com seus pacientes, sabendo além da fala do paciente.

O livro estará disponível nas melhores livrarias e através do site da editora WAK.

Saiba mais no site do Professor João Oliveira.