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sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Emoção Perdida


Desde que Darwin, em 1872, publicou seu livro: “A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais” uma série de estudos começou sobre este vasto universo das emoções humanas e como elas se manifestam no corpo. Durante mais de quarenta anos o livro de Darwin foi o único registro escrito sobre esse tema, depois com o surgimento da psicologia experimental, o assunto é retomado. Este livro não teve forte repercussão, e não tem até hoje, provavelmente por causa da comparação da similaridade das expressões de inúmeras espécies animais com as do homem. Um sacrilégio! Afinal, diante da igreja, o homem é único e feito a imagem de Deus a possível comparação com cães e gatos iria rebaixar nossa espécie.

Outro ponto que é abordado no livro é uma incrível coincidência entre diferentes culturas na forma de expressar as emoções básicas através do rosto. Numa pesquisa, por cartas, Darwin começa a delinear uma possível condição inata de comunicação facial.

São seis as emoções básicas, manifestas do mesmo jeito em todo o planeta, e uma sétima que é social e aprendida, mas, já está presente em quase todo o mundo da cultura moderna. O reconhecimento destas emoções, apenas pela microexpressão facial, deveria ser igualmente, uma condição inata, pois, seria esta, uma forma de comunicação do homem.

O rosto tem uma especialidade. É o único lugar do corpo humano onde os músculos estão ligando osso à pele. Isso nos remete a uma possibilidade evolucionaria que garantiu, antes da fala, uma forma de entendimento entre os indivíduos de uma mesma espécie.

Desta forma, tal qual a estrutura funcional inata, a condição de leitura também deveria ser natural. Surpresa: Ela é sim inata! Porém, esquecida.

Ler a face do outro, perceber o que ele sente mesmo antes que a emoção surja no nível consciente, é uma função normal de todos os seres humanos. Tanto é que, bastam algumas horas de treinamento para qualquer um “lembrar” deste idioma perdido.

Algo que conhecemos como “memória celular” ou “genética” não perde nada que foi útil para nossa sobrevivência durante a evolução da espécie, seja ela humana ou não. Acordar essa possibilidade é abrir uma nova janela de comunicação com o outro e melhorar nossos relacionamentos sociais.

Não é uma ferramenta nova. Muito pelo contrário, possivelmente é a primeira forma de comunicação do homem, mas, está trancada no fundo do baú da nossa mente. Talvez seja esta a hora certa para buscar mais este recurso que pode ser muito útil na sua vida. Procure informações sobre cursos e treinamentos nesta área, uma dica, é claro: ISEC, Instituto de Psicologia Ser e Crescer, que disponibiliza treinamentos de reconhecimento de Microexpressões Faciais em vários formatos, inclusive on line.

No entanto pense bem ao procurar um conhecimento como este, pois, o mundo em que vive jamais voltará a ser o mesmo de antes para você e, às vezes, é melhor ser ignorante em certos assuntos do que assumir as responsabilidades que o só conhecimento nos traz.

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