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sábado, 16 de maio de 2009

Os Oitos Buracos da Cardoso de Mello

Esse texto eu fiz e coloquei no ar já faz mais de seis anos, mas está bem atual. A Rua Cardoso de Mello já foi consertada, mas iguais a ela hoje estão quase todas.
Por isso podemos perceber como a história realmente sempre se repete!



São quinhentos metros de rua, oito buracos que a água inunda...
Se Cardoso fosse vivo num destes buracos afundaria!
Falta cuidado, desleixo abunda.
Pode molhar o pé, a coxa ... e o resto afunda...

O primeiro buraco me lembra seu bolso, sem fundo...
Tudo que nele entra some e ainda tem fome, tudo come... sei seu nome.
O segundo me lembra a morte, que falta de sorte !
Escuro, sombrio... de lá nada volta! Nem o voto do pobre.

Já o terceiro buraco, não sei porque me lembra alguém. Buraco imundo!
Sujo, cheio de peripécias hospitaleiras... mas não gosto de falar da vida alheia.
O Quarto Buraco... que buraco sensível. Já teve seu momento de glória, agora jaz sem memória.
Viajado o quarto Buraco desafia: - No mundo maior que eu não há! Nem aqui, nem no Canadá!

O quinto buraco, triste lembrança, nele sumiu minha esperança.
Nesta rua tudo passa, só não passa seu prefeito, seu secretario e dona vergonha, a mesma que vive escondida... maldita ! Abandonou-me sem segurança.

E o sexto buraco ? Nele mora a moralidade, veja lá no fundo, um pouco abaixo da falsidade, essa está mais a vista! Do lado da hipocrisia..
O sétimo, dele nada falo, basta de longe olhá-lo, e ele encara feio como quem diz:
- Me tire daqui sua mula , não vê que meu lugar é lá na Lua!

O oitavo buraco afinal !
Na Rua Cardoso de Mello fez morada.
Arranjou um namorada, na 28 de março, rua paralela... ele e ela.
Um futuro feliz, para todos, eu prevejo:
Na rua os buracos.
Na cidade o descaso.
Na vida o embaraço.
No futuro... há no futuro, muitos, muitos shows, é isso o que eu acho!

Um comentário:

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Caro João
Uma bela crônica poética para amenizar, tornar hstórica esses buracos que independente do lugar físico e psíquico encontramos.
Parabéns, como diz, continua atual, tanto quanto o texto "O mal-estar na cultura de Freud.
Salete