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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Obstrução no Canal das Flechas.

Confome podemos ver, na foto do Guilherme Chagas , a saída para o mar, pelo Canal das Flechas, se econtra obstruída por um banco de areia.
Onde foi mesmo que nós guardamos aquelas bananas de dinamite?

Um comentário:

Flecha disse...

Ô João:
Acredito que o assunto está, a essa época, um tanto fora de pauta. Fazer o quê,né?
Só hoje tomei conhecimento de seu interesse pelo Canal das Flechas. Esse canal, como deve ser do seu conhecimento, é o último dreno de uma grande bacia hidrográfica, que envolve desde as nascentes que nutrem a Lagoa de Cima, passando pelo Ururaí, Lagoa Feia e por último o referido canal. Acreça-se a esse conjunto, o rio Macabú, que vaza direto na Lagoa Feia. Muito bem, essa malha hídrica foi objeto de fortes controvésias há pouco tempo (ocasião das enchentes), colocando em lados opostos, Ministério Público e ecologista X produtores rurais. Ocorre que, temporariamente sanadas as divergências,chegamos à fase das tão prometidas "soluções". É em relação a estas que pretendo tecer alguns comentários. Sempre desconfiei de "soluções", meio que mágicas e que surgem ainda no calor dos embates.Penso que fundar (baixar o leito)e alargá-lo de forma isolada, beneficiará apenas, os envolvidos nas obras. Leia-se agenciadores, empreiteiros e gestores do dinheiro público. Repito, o Canal das flechas é apenas um elo de uma imensa cadeia - temos que pensar e encontrar soluçõe que envolvam o todo da bacia hídrica da região.
Vejo, meio estupefato, dragas flutuantes da "Andrade Gutierres" em intenso trabalho de fundar o leito do canal. Há muito dinheiro em jogo e pouca certeza de resultados - uma firma desse porte não estaria aqui em busca de trocados.
A História sempre foi mestra. Fantásticas somas de recursos foram consumidas neste canal, nos enrocamentos da foz, nos molhes construidos mar-a-dentro sem resultado algum para as comunidades que seriam as supostas beneficiárias; este conjunto de obras inúteis ocorreu na época em que Campos tinha um político empreiteiro, ou um empreiteiro político, que foi o grande beneficiado desse "blêfe". Hoje, já deveríamos ter aprendido as lições.Mas, o passado também nos é pródigo em ensinamentos para não repetirmos os erros.Reporto-me ao "Relatório Gallioli" um macro projeto que envolvia toda a malha hídrica referida. Várias pequenas obras, desde a Lagoa de Cima com a construção de pequena barragem na embocadura do Ururai, aumentando a capacidade da Lagoa em reter aguas ,construção de diques às margens do Ururaí no trecho que cruza a comunidade do mesmo nome, dar qualidade no manuseio das comportas (estas já existentes), no Canal das flechas, pequenas comportas entre a Lagoa da Ribeira e a Lagoa Feia. Enfin, a algo muito mais abtangente e, naturalmente com adaptabilidades e modificações que a própria realidade atual exigiriam. Penso que o Gallioli pensou alto ,pensou para o futuro.
Colocadas estas considerações, agora digo eu:existem atitudes ou fatos que teem que ser repensados com urgência.
1) O argumento da necessidade de fundar o leito do Canal das flechas com vistas a um futuro porto em Barra do Furado, é pobre, caríssimo e de benefícios duvidosos.
2) A demarcação da Lagoa Feia é urgente, como urgente é sua integração ao vizinho Parque de Jurubatiba,produzindo em consequencia, uma única área de preservação.
3) O "bay pass"(transposição de arêia do lado de Quissamã para o lado Campos, por sobre os dois enrocamentos de Barra do Furado) bancado por ambas Prefeituras, beneficiará apenas grandes empresas estrangeiras, já que apenas elas teem essa tecnologia.O tempo provou, ali mesmo, que as correntes marinhas não deixam barato quando incomodadas. Essa caríssima obra é como enxugar gelo.
4) Não, absolutamente não, a retificação do Rio Ururaí.
5) Não, absolutamente não, ao rompimento do "durinho da valeta"

Para concluir, com as desculpas pela delonga,devemos compreender que vivemos uma outra era: em meados do século passado a tônica era a do esgotamento, do dreno, acrescentar terras secas ás já existentes - Hoje a temática é outra, é a das barragem, das comportas - segurar água, preservar água, divinizar esse precioso líquido, porque queiramos ou não, será o grande divisor entre quem o tiver,terá futuro, qué não o tiver...
Obrigado, Alfredo.